12.6.10

Geraldo Júnior e as juras de amor

No mistério vento que leva a noite, no aflito acorde dessa tensão. Voa o amor penado do teu sobejo que me assombra me pedindo outra paixão. Me perco todo, me estremeço, perco a fala, penso me vala vou cantar nossa oração. E nesse transe fui levado a outro tempo, outro momento me levou meu coração. Tinha uma viola a natureza e o teu cheiro. Eu, já sem medo, toquei a nossa canção num arrupeio que mexeu com os meus nervos (senti na pele o toque da tuas mãos). Pelo telhado a luz da lua, a tua sombra. E o que me assombra é esse cheiro de fulô que até hoje ainda perfuma minha casa mas me atrasa me prendendo a esse amor. Tapando os olhos vi o fogo do desejo do amor que morre mas não deixa descançar. Do amor nobre que se incalça no insejo de a meia noite me pedir pra eu lhe rezar, de a meia noite me pedir pra eu lhe cantar. No silêncio pardo em que vão meus olhos, morgo seguindo o intento da escuridão, sofro mordendo os lábios sem o teu beijo e choro debulhando as contas da minha solidão.

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