22.6.10

Cem

Sinto uma casa na tua boca quando percebo que tu conjugas o "tu" como quem tivesse acabado de aprender (e espera de um sorriso depois). Eu te alfabetizo quando tu não percebes e te dou um troféu. Aí eu perambulo e caraminholo em devaneios pensando que isso são as minhas preces que estão voltando em português, na segunda pessoa do singular de uma língua furada. Um canto de boca também (as palavras escoam ali). Sinto casa na tua boca, sinto frio na ponta dos dedos.

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