14.6.10

A menina acorda bem e pede uma salva de palmas

Acordo com uma raio de sol forte na minha direção. Às vezes acho que ele deveria ter algum nome. É gostoso ser acordada (impetuosamente) por algo que não me faça sentir o estômago embrulhar e o corpo estremecer. Eu penso.

Eu que tanto deveria ter ligado mais pra tudo ao meu redor, às vezes acho que a janela embaçada do frio é só a minha vontade de querer ter algo que me aproxime dos meus curativos. É sempre assim. Eu chamo de saga-do-que-não-sei-o-que-é-mas-não-canso-que-procurar.

Eu me escrevo num épico. Me procuro num épico pra ser sincera (eu me procuro em todos os lugares, me perdi de ti e me achei de novo, mas tu sabes o quanto eu preciso de mim. As minhas cidades me confundem e eu geralmente confundo o teu amor com o de outras pessoas. Não tem maldade, é só que eu me preciso e tu fazes parte disso, mas eu não posso. Eu não te posso. E acabo escrevendo novos textos dentro de parênteses porque acho que tu deves ser esse grande parênteses - e quando eu te chamo na segunda pessoa é que meus pensamentos escoem com tanto fluxo que eu pronuncio um pecado querer controlar). Espirrei forte e meus cabelos molhados pingaram frio em mim.

Será que é feio terminar todos os textos com (eu te amo)?

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