29.3.10

Não pude deixar de olhar a bandeira do Brasil naquela tarde ensolarada, azulada. Senti raiva do posistivismo, lembrei de como eu costumava dedicar minhas tardes a tagarelar sobre história e política. Enquanto a bandeira se embalava no céu, eu cá abaixo segurava ânsias e pensava o quanto o positivismo era ridículo, que a ordem veio em excelência e o progresso foi cerrado. Até que os raios de sol atingiram a água mais azul que a tarde - e que tarde - e de repente estalou em meus olhos. Foi assim, fulminante mesmo. E pude esquecer das tardes de política, do positivismo, até mesmo do calor infernal. Me pus a nadar naqueles raios e deixei que o azul me lavasse a alma. Foi assim, uma entrega sem volta.

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