9.3.10

Varanda

Eu olhava uma borboleta com asas tão pesadas quanto esses sonhos ruins que assombram meu colchão e como as flores que são carregadas pelo vento ela se arrastava por meus olhos. Ela seguia para as varandas de azulejos azuis e vasos com corações ora crescendo, ora murchando. Cansou e caiu em cima de um dos corações que crescia forte. Ali ficou. Ouvi dizer que só esperava encontrar um coração que a sustentasse para que, cega, pudesse se entregar.

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