22.3.10

Assusta?

Sacudia os travesseiros, balançava os lençóis que foram da mãe, olhava contra o vidro sujo da janela e tentava distração com o branco amarelado das paredes caladas. Tormento infindo, perturbação que parece crescer todos os dias. É, menina. Não tem jeito senão enfrentar isso de frente, de lado ou de qualquer outra forma possível. Meteu-se a valentia e enfiou a cabeça em baixo da cama. Saiam, monstros! Sei que vocês se escondem aí e sei que são vocês os culpados do meu medo, da minha insônia, da minha perturbação! Pouco tempo passou até aqueles olhos pequenos conseguirem ler o bilhete deixado: "Estamos dentro de você."

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