5.4.10

Tarde estática, banhada num azul tão entediante que fariam-se linhas a dedo no infinito. Maria numa casa abandonada, sem rumo rumo certo, num mar revolto, sem ninguém ou mês que vem nesse país que nos engana. Olhava nos olhos e não via nada. Cinzas flutuantes, a tarde despida do azul, a boutique sem as roupas, as luas e os fuscas na avenida encharcados das águas da nossa raiva. É fácil se perder, é fácil matar, é fácil morrer.

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